quinta-feira, janeiro 18, 2007

Aonde foi parar a tal de segmentação?

Durante o último final de semana ocorreu em Florianópolis mais uma edição do Planeta Atlântida, festival de música promovido pela rádio de mesmo nome. Dentre as atrações, estiveram no placo do Planeta, Cidade Negra, Charlie Brown Jr, Babado Novo, Pitty, Lulu Santos, Armandinho, O Rappa, Jeito Moleque, Maskavo, Fernanda Abreu, Marcelo D2, Jota Quest, Papas da Língua e Dj Tiësto. Sobre o evento nada de novo a dizer, 71 mil pessoas estiveram presentes nos dois dias para dançar, cantar, se mexer, gritar, e fazer tantas outras coisas. O que chama a atenção em festivais assim é a mistura de gêneros, estilos e ritmos. Axé, pagode, reggae, rap, rock, música eletrônica e pop. Tudo junto em um mesmo festival. Todas as pessoas cantando, dançando e delirando ao som de qualquer tipo de som que é tocado. A pergunta que cabe, diante desse quadro é a seguinte: Mas, afinal de contas, aonde foi parar essa tal de segmentação tão falada por quem trabalha com música? Não vemos mais, ou dificilmente vemos, festivais de rock, de pop, de reggae, de rap, etc. Não creio, e esta é uma opinião muito pessoal, que seja bom vermos jovens formando seu gosto musical a partir da idéia de que gostar de tudo é bom. Ter seu gosto pessoal, e este possuir características que o definam claramente o diferenciando do resto, creio eu, é uma forma de se formar a personalidade de uma pessoa. Todas as pessoas interessantes que conheço possuem preferências musicais, e essa é uma das razões para que elas sejam interessantes. Acho que nenhum gênero ou estilo de música é melhor do que o outro, eles são diferentes, e isso faz com que eles sejam únicos. Gostar somente de rock, e não suportar ouvir pagode não significa ser preconceituoso em relação a este, e sim, gostar e se identificar mais com as características daquele. A impressão que tenho é que a sociedade de massas, a mídia e as indústrias culturais estão formando uma nova horda que indivíduos que gostam de tudo, ouvem tudo, cantam tudo, dançam tudo, e, conseqüentemente, consomem tudo.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

BLUES

O Blues é uma forma musical vocal e/ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando aquelas notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva. Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, chamadas spirituals e de outras formas similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho, cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz estilística na África Ocidental. Suas letras, muitas vezes, incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou formas de escapar dela.

ORIGENS

O Blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos, dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto, posteriormente definido como "Blues", para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho. As raízes na cultura africana são evidentes tanto em seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto na simplicidade de suas poesias que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Com os escravos levados para a América do Norte no início do século XIX, a música africana se moldou no ambiente frio e doloroso da vida nas plantações de algodão. Porém o conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil quando sua essência passou a ser como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Era um modo mais pessoal e melancólico de expressar seus sofrimentos, angústias e tristezas

Principais nomes do blues:

W. C. Handy - Diz a lenda que o autoproclamado "Pai do Blues", ouviu este tipo de música pela primeira vez em 1903, quando viajava clandestinamente em um vagão de trem e observava um homem que tocava violão com um canivete. Daí teria surgido aquele que é dito como o primeiro blues da história, St. Louis Blues.

Charley Patton - O primeiro nome popular a surgir como músico específico de blues, em meados da década de 20.

Robert Johnson – É, possivelmente, o nome mais influente e idolatrado do blues. Viveu pouco tempo, e morreu vitimado, segundo a lenda, por um whisky envenenado pelo marido de uma de suas amantes. Gravou apenas 29 canções, entre 1936 e 1937, estas porém são consideradas os maiores clássicos de blues de todos os tempos.

Muddy Waters - O primeiro a eletrificar todos os instrumentos de sua banda. Com seu blues carregado, poderoso e intenso, Muddy Waters é talvez, junto com Robert Johnson, a figura mais influente e popular do Blues americano, sendo o primeiro bluesmen a ter seu nome reconhecido fora dos Estados Unidos, sobretudo na Inglaterra.

Willie Dixon - Com seu baixo acústico tradicional e sua voz grave, Dixon é considerado o "poeta do blues", já que suas letras se tornaram hinos da cultura bluesísticas. Sem dúvida é o mais importante compositor da segunda geração do Blues.

B.B. King - Influenciado diretamente por T-Bone Walker, outro virtuose da guitarra solo, B.B. King criou um estilo único e quase inigualável de frasear o instrumento, de forma pura e melódica como poucos conseguem. O seu vibrato tornou-se marca registrada, dando aos solos de guitarra uma forma quase verbal. Sem falar de seu vocal-tenor que muitas vezes se destacava mais que o próprio instrumento. Influenciando praticamente todos os guitarristas que vieram posteriormente, é classificado, merecidamente, como o "rei do blues".

John Lee Hooker - Tornou o seu estilo falado de cantar sua marca registrada. Porém sua importância no Blues vai muito além do que apenas uma vertente adjunta. Além de ter sido um dos primeiros a eletrificar a guitarra no Blues, John Lee Hooker foi o percursor do Blues de Chicago, antes mesmo de Muddy Waters ganhar renome e importância, e suas obras foram de total referência na estilo Rock que estava nascendo.

Fonte: Wikipédia

Dicionário Musical

A partir de hoje, o Pedal de Efeito trará para seus leitores, de tempos em tempos, uma breve apresentação dos grandes gêneros musicais que marcaram e ainda marcam a história contemporânea da música, como se fosse um Dicionário Musical. Os posts darão uma idéia básica do gênero abordado, fazendo com que os leitores o conheçam e, a partir daí, busquem mais informações. Nosso primeiro gênero é o BLUES.

Novo disco de inéditas do The Who


Pete Townshend e Roger Daltrey depois de muito tempo estão de volta em um disco de inéditas do The Who. "Endless Wire" é o sucessor de "It's Hard", que era novidade em 1982.
"Endless Wire", expõe a banda a uma jornada espiritual que questiona a religião e fala de Deus como "A Man in a Purple Dress" e "God Speaks of Marty Robbins". Mesmo sem aquela energia e virtuosismo de expressão, fatores do sucesso inquestionável da banda no início e meio de sua carreira, estre novo álbum do The Who é um convite ao saudosismo que sucumbe face ao mito.

Fonte: Rockwave

OBS: Quem ainda não viu não pode deixar de ver a apresentação do The Who no Festival de Woodstock, em 1969. É simplesmente sensacional.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Safra ruim


Não há como negar que a atual safra de bandas de rock brasileiras é deveras fraca. Se não a safra inteira, pelo menos a que tem espaço na mídia. Difundido nos anos 80 com o surgimento de bandas como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Titãs, Barão Vermelho, Capital Inicial, Plebe Rude, Engenheiros do Hawaii, entre outros, e consolidado na década de 90 com Raimundos, O Rappa e Charlie Brown Jr, o rock nacional passa, agora, por uma época de incertezas. Não vemos mais bandas que tenham realmente algo importante e de conteúdo a dizer. Da cena paulista quem se destaca é o CPM22, que inegavelmente possui bons músicos, um vocalista comum, e letras que beiram a onda emocore que parece varrer às rádios FM do país. O Charlie Brown Jr, que no começo era uma banda quase punk, hoje se tornou um grupo que nos discos se repete continuamente e ao vivo é quase que inaudível graças aos ridículos e chatos discursos “eu sou skatista rebelde e não devo nada a ninguém” de seu vocalista. O Rio de Janeiro nunca teve uma história de bandas de rock e hoje exporta para o resto do país bandinhas emos com vocalistas com franjinhas e vozes agudas cantando letras de amores não correspondidos. Brasília não produz mais nada de novo dando a impressão de que a fonte secou. O Rio Grande do Sul mantém-se como um celeiro de boas bandas de rock. Cachorro Grande foi a que mais se destacou nos últimos anos e conseguiu em certo destaque na mídia nacional apesar do ruim último disco. Temos aqui ainda os Cartolas, Superguidis, Stratopumas, Pata de Elefante, Irmãos Rocha!, etc. Bandas que alimentam uma rica cena independente local e que parecem destoar do atual rock’n’roll produzido no Brasil. É difícil prever qual é o futuro do gênero no país. Qualidade, boas bandas com bons músicos e bons vocalistas, mercado e seguidores apaixonados, existem. O que falta é criatividade, coragem e ousadia por parte das grandes gravadoras e da mídia em apostar e apoiar bandas novas que fazem um som diferente e de qualidade.

Livro revê bastidores e momentos marcantes dos Paralamas em imagens


Uma biografia visual. É a intenção de "Os Paralamas do Sucesso", livro que abre espaço, em 240 páginas, para fotografias de uma das mais populares bandas brasileiras dos anos 80. O problema maior para clicar músicos é o acesso restrito que normalmente é imposto pelos artistas e seus assessores. O carioca Mauricio Valladares não sofreu esse problema: amigo dos integrantes da banda, participou tanto de shows e ensaios como de momentos particulares, viagens e reuniões. Valladares conhece Herbert Vianna, João Barone e Bi Ribeiro praticamente desde que eles criaram os Paralamas do Sucesso, em 1982. Na época apresentador da Fluminense FM, foi o primeiro a tocar uma música ("Vital e Sua Moto") do grupo em um programa de rádio. "A partir dali ficamos amigos. Eles começaram a fazer shows pequenos no Rio, em bares. Eu estava sempre muito próximo, por isso os fotografava", conta Valladres, autor também de várias das capas de discos do trio. Por meio do livro, tem-se a noção do papel dos Paralamas dentro do pop brasileiro. Há registros deles bem no início da carreira, quando tinham os dois pés no ska; cenas em Paris e Londres, onde fizeram shows e gravaram discos; o relacionamento com outros artistas (Gil, Legião, Jorge Ben Jor...); e momentos que cercaram o acidente de Vianna em 2001. "É a primeira biografia dos Paralamas", diz Barone. "Somos uma banda que não se dá bem com essas coisas. Tem grupo muito mais novo que já tem livro, bonequinhos..." Para Barone, uma das características dos Paralamas que pode ser verificada pelas fotos é ser uma banda multifacetada. Isso aparece com "Selvagem?" (86), um dos principais discos do grupo. "Ali nós aprofundamos as influências jamaicanas e brasileiras. É um disco emblemático dos Paralamas."

OS PARALAMAS DO SUCESSO
Autor: Mauricio Valladares
Editora: Senac Rio e Jaboticaba
Quanto: R$ 89,90 (240 págs.)

Fonte: Folha Online

Imitadores de Elvis Presley quebram recorde

Os fãs e imitadores australianos de Elvis Presley fizeram uma inusitada homenagem ao cantor no final do festival anual de seus covers "Elvis Festival", que terminou na noite de domingo, dia 14, na cidade de Parkes, há 400 km da capital Sidney.
Vestidos como o Elvis, com brilhantina nos cabelos e óculos escuros 147 covers do rei do rock bateram recorde ao cantarem juntos uma de suas músicas. O recorde anterior era do Festival do Elvis (de Collingwood, no Canadá), onde 78 imitadores haviam cantado juntos suas músicas.A interpretação emocionante de "Love Me Tender" foi registrada por observadores do Guinness, o livro dos recordes. "Não conseguimos fazer que todos coubessem no palco", disse com orgulho o prefeito de Parkes, Robert Wilson, também trajado de Elvis.

Fonte: Rockwave

Música campeira também terá seu espaço

Devido a pedidos e uma grande consideração e respeito por parte deste que vos escreve em relação a mais genuína e valorosa música popular campeira, este blog também noticiará e debaterá sobre a verdadeira musica do pampa, de raiz, de Mano Lima, Telmo de Lima Freitas e outros grandes compositores e intérpretes da pátria gaucha.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Jazzista Alice Coltrane morre aos 69 anos

Alice Coltrane (1937 - 2007)

A intérprete de jazz Alice Coltrane, que tinha fortes vínculos com a música de seu falecido marido, o lendário saxofonista americano John Coltrane, morreu aos 69 anos, noticiou neste domingo o jornal Los Angeles Times. Citando o porta-voz da família, o periódico destacou que Coltrane morreu na sexta-feira de falência respiratória e tinha problemas de saúde havia muito tempo.
A pianista Alice Coltrane ficou conhecida por suas importantes composições e por introduzir a harpa nas bandas de jazz, acrescentou o jornal. Suas últimas apresentações foram no outono, em uma turnê pelos Estados Unidos, na qual tocou com seu filho, o saxofonista Ravi. Alice McLeod, seu nome de batismo, nasceu em 27 de agosto de 1937, em Detroit, em uma família com tradição musical.
Ela começou sua educação musical aos sete anos, aprendendo piano clássico, segundo o Times. Embora fosse famosa por sua contribuição com o jazz e a música New Age, Coltrane se converteu ao hinduísmo e se tornou uma importante líder espiritual.

Fonte: Terra

Alice Cooper promete álbum e livro para 2007


Em uma mensagem postada no seu site oficial, Alice revelou que dará início aos trabalhos para o novo álbum em período integral. O lançamento deve acontecer provavelmente no segundo semestre deste ano.
Não acaba por aí. O disco será acompanhado de uma turnê mundial que deve durar até outubro. Alice também lancará um novo livro, "Golf Monster", mas sem previsão de lançamento aqui no Brasil.

Fonte: Rockwave

Pearl Jam grava covers para seus fãs


Uma boa notícia aos fãs do Pearl Jam. A banda gravou dois covers para o single que é enviado todos os anos aos membros do fã clube Ten Club Entrel, as duas versões para "Love Reign O’er Me", do The Who, e "Rockin’ in the Free World", do veterano Neil Young. Esta última, gravada ao vivo num show beneficente que rolou em Melbourne, na Austrália, com as presenças de Bono e The Edge, do U2. Já o cover do Who está na trilha sonora do filme "Reign Over Me", que deve ser lançado nos próximos meses nos EUA. A faixa já está tocando nas rádios norte-americanas, e deve ser vendida apenas para download.

Fonte: Rockwave

Início da atividades

Com o objetivo de falar sobre música, nos seus mais variados estilos, entra no ar, a partir de hoje, o blog Pedal de Efeito. Teremos aqui um espaço de informação, análise, debate e discussão sobre música. Fica claro de antemão que, quando falo em mais variados estilos, me refiro a rock, metal, pop, jazz, blues e mpb, na medida em que, variações de música regional, religiosa, sertanejo, axé, etc, não são do gosto pessoal deste que vos escreve, e serão, destarte, totalmente esquecidas. O blog está completamente aberto ao recebimento de sugestões, críticas e quaisquer tipo de colaboração por parte de seus leitores. Sejam, então, bem vindos, todos os leitores do Pedal de Efeito. AUMENTA O SOM AÍ DJ!