Livro conta a história de um dos maiores clássicos do jazz
Fãs de rock tendem a achar jazz música de cinqüentões, nada mais que som ambiente para tomar uísque. Mas não são poucos os casos de pessoas que pensavam assim e mudaram de opinião ao ouvir "Kind of blue", de Miles Davis. Exemplo raro de gravação que resiste ao tempo e escapa de rótulos ou classificações, o disco é tema central de um livro que acaba de sair no Brasil.
"Kind of blue - a história da obra-prima de Miles Davis" (ed. Barracuda), do jornalista norte-americano Ashley Kahn, conta os bastidores do álbum de jazz mais vendido na história, sempre lembrado em listas do gênero e que foi votado como um dos 15 discos mais importantes da história pela "Rolling Stone" norte-americana (por sinal, uma publicação dedicada ao rock).
O álbum foi feito em apenas duas sessões de poucas horas cada uma, e os músicos envolvidos (entre eles, outro gênio, John Coltrane) tinham o mínimo de informação para desenvolver seus temas. "Kind of blue" é, basicamente, um produto genial da improvisação em cima de direções dadas por Miles Davis, além de ter marcado a saída da violência rítimica e das trocas frenéticas de notas do bebop para dar lugar à delicadeza e riqueza harmônica do jazz modal.
Outro ponto de interesse em contar o que há por trás da concepção do disco clássico é o aspecto humano. Um dos personagens centrais da concepção do trabalho é Bill Evans. O brilhante pianista trabalhou como parceiro na empreitada de Miles Davis para mudar os rumos do jazz, mas, em um capítulo controverso da história do disco, acabou mais tarde por reclamar amargamente da falta de créditos em uma música, "Blue in green" (é bom lembrar que ninguém vendeu mais no jazz do que "Kind of blue").
O álbum foi feito em apenas duas sessões de poucas horas cada uma, e os músicos envolvidos (entre eles, outro gênio, John Coltrane) tinham o mínimo de informação para desenvolver seus temas. "Kind of blue" é, basicamente, um produto genial da improvisação em cima de direções dadas por Miles Davis, além de ter marcado a saída da violência rítimica e das trocas frenéticas de notas do bebop para dar lugar à delicadeza e riqueza harmônica do jazz modal.
Outro ponto de interesse em contar o que há por trás da concepção do disco clássico é o aspecto humano. Um dos personagens centrais da concepção do trabalho é Bill Evans. O brilhante pianista trabalhou como parceiro na empreitada de Miles Davis para mudar os rumos do jazz, mas, em um capítulo controverso da história do disco, acabou mais tarde por reclamar amargamente da falta de créditos em uma música, "Blue in green" (é bom lembrar que ninguém vendeu mais no jazz do que "Kind of blue").
Como se não bastasse, Evans era o único músico branco junto a mais seis negros em uma época - o final dos anos 50 - de tensão racial nos Estados Unidos. Mas são todos esses elementos que ajudam a aumentar o interesse pela detalhada pesquisa feita por Ashley Kahn.
Fonte: Portal G1
1 Comments:
Hora de atualizar essa BUDEGA, Chiquinho.
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