sexta-feira, outubro 26, 2007

Voltei

Depois de um bom tempo sem postar nada aqui, estou de volta com um post sobre o que venho ouvindo e vendo, musicalmente falando, nos últimos meses.
Tenho em mãos os dois discos Chronicle do Creedence Clearwater Revival, ambos lançados em 1976.
Os discos são uma coletânea reunindo os maiores sucessos da banda norte-americana, formada por John Fogerty (guitarra e vocais), Tom Fogerty (guitarra), Stu Cook (baixo) e Doug Clifford (bateria). Os dois discos são uma obra, principalmente o primeiro. Um rock simples mais ao mesmo tempo sofisticado, com guitarras e uma bateria marcante e um vocal espetacular. Merecem destaques as faixas "Traveling Band" (somzera espetacular), "Suzie Q", "Proud Mary", "Fortunate Son" (outra porrada), e as clássicas "Have You Ever Seen The Rain?", "Someday Never Comes" e "Who'll Stop the Rain". Muito bom mesmo. Recomendadíssimo.
Ouvi também os dois discos solo do ex-vocalista do Soundgarden e do Audioslave, Chris Cornell.

"Euphoria Morning", de 1999, não lembra nem um pouco o estilo beirando um heavy metal, da primeira banda de Cornell. É um disco que poderíamo chamar de romântico, e isso não faz dele uma obra ruim, nem boa. Ouvi ele inteiro e nenhuma música me chamou a atenção em especial, nem por ser ruim nem por ser boa. Em razão disso, posso dizer que é um disco mediano, bom para se ouvir abraçado com a namorada(o). O outro disco. mais recente, lançado este ano, após Cornell sair do Audioslave, fica mais na memória. Apesar de ficar um pouco em cima do muro, nem muito pesado nem muito leve, "Carry On" tem bons e maus momentos. Um bom momento é na faixa "You know my name", trilha do último filme da série 007. Um rock que mistura partes rápidas com outras nem tanto e em que a belíssima voz do vocalista aparece com destaque. Um momento ruim, até certo ponto constrangedor, é na releitura de "Billie Jean", de Michael Jackson. Disco bonzinho. Legal de ouvir mas que deixa muito a desejar perante o talento de Cornell.


Também tenho em mãos uma coletânea com os 30 maiores sucessos de Elvis Presley, "The king". Simplesmente sensacional. O cara era muito bom. São só clássicas. Com grande destaque para "Suspicious Mind" e as dançantes "Hound Dog", "Jailhouse Rock", "Hard Headed Woman" e "Burning Love". O disco tá sempre em promoção na americanas.com e vale muito a pena comprar. É daqueles que o cara mostra pros filhos daquei a uns 20 anos e diz "isso sim é que música".













Por último, recomendo o DVD "Live at the Garden", do Pearl Jam. Vi o show de mais de duas e me impressionei com a qualidade da banda tocando ao vivo. O DVD duplo registra um show realizado em 2003 no lendário Madison Square Garden, em NY.
A banda reúne muito bons músicos, destaque para o baterista Matt Cameron, ex-Soundgarden, e para o guitarrista Mike McCready, virtuose no instrumento. Eddie Vedder comanda a turma com o seu vozeirão, com seus roucos e agudos, e com seus gritos característicos. Única grande remanescente da cena grunge de Seatle, do início dos anos 1990, a banda continua emocionando e enraivescendo mesmo mais de 15 anos depois do lançamento do elogiadíssimo album "Ten". Destaque para as faixas "Even Flow", "Betterman", "Do The Evolution", "Breath" e para uma apresentação de "Dead Man", nos extras, com Vedder cantando sozinho só com um violão. Grande show de uma grande banda. Também recomendadíssimo.

Por enquanto é isso, em breve mais posts.

segunda-feira, maio 14, 2007

Dica de DVD


Assisti neste final de semana ao DVD , que mostra a apresentação do The Who, no fantástico teatro londrino Albert Royal Hall. O show de mais de duas horas é eletrizante. O trio Roger Daltrey, Pete Townshend e John Entwistle mostram que ainda estão em plena forma. Roger com suas divertidíssimas performances com o fio do microfone, John "cheio de dedos" Entwistle, como o chama Roger durante o show logo após uma sensacional apresentação solo do baixista, discreto e eficientíssimo e Pete Townshend espetacular em sua guitarra, com seu braço direito giratório rasgando as cordas. O show conta ainda com as participações especiais de Paul Weller, Eddie Vedder, Noel Gallagher, Bryan Adams, Kelly Jones e o violinista Kennedy. Na bateria Zak Starkey, filho de Ringo Starr e nos teclados John "Rabbit" Bundrick. Vinte e três músicas em um grande show, teatro lotado, belas imagens e som muito bom. Vale a pena assistir. Showzaço!!

quarta-feira, abril 18, 2007

Livro conta a história de um dos maiores clássicos do jazz

Fãs de rock tendem a achar jazz música de cinqüentões, nada mais que som ambiente para tomar uísque. Mas não são poucos os casos de pessoas que pensavam assim e mudaram de opinião ao ouvir "Kind of blue", de Miles Davis. Exemplo raro de gravação que resiste ao tempo e escapa de rótulos ou classificações, o disco é tema central de um livro que acaba de sair no Brasil.
"Kind of blue - a história da obra-prima de Miles Davis" (ed. Barracuda), do jornalista norte-americano Ashley Kahn, conta os bastidores do álbum de jazz mais vendido na história, sempre lembrado em listas do gênero e que foi votado como um dos 15 discos mais importantes da história pela "Rolling Stone" norte-americana (por sinal, uma publicação dedicada ao rock).
O álbum foi feito em apenas duas sessões de poucas horas cada uma, e os músicos envolvidos (entre eles, outro gênio, John Coltrane) tinham o mínimo de informação para desenvolver seus temas. "Kind of blue" é, basicamente, um produto genial da improvisação em cima de direções dadas por Miles Davis, além de ter marcado a saída da violência rítimica e das trocas frenéticas de notas do bebop para dar lugar à delicadeza e riqueza harmônica do jazz modal.
Outro ponto de interesse em contar o que há por trás da concepção do disco clássico é o aspecto humano. Um dos personagens centrais da concepção do trabalho é Bill Evans. O brilhante pianista trabalhou como parceiro na empreitada de Miles Davis para mudar os rumos do jazz, mas, em um capítulo controverso da história do disco, acabou mais tarde por reclamar amargamente da falta de créditos em uma música, "Blue in green" (é bom lembrar que ninguém vendeu mais no jazz do que "Kind of blue").
Como se não bastasse, Evans era o único músico branco junto a mais seis negros em uma época - o final dos anos 50 - de tensão racial nos Estados Unidos. Mas são todos esses elementos que ajudam a aumentar o interesse pela detalhada pesquisa feita por Ashley Kahn.

Fonte: Portal G1

quinta-feira, abril 05, 2007

Há 13 anos......


Há exatos 13 anos, no dia 5 de abril de 1994, Kurt Cobain, vocalista do Nirvana suicidava-se em sua casa, em Seattle, com um tiro na cabeça. Seu corpo só seria encontrado três dias depois, por um eletricista contratado para instalar um sistema de alarme na casa. Kurt tinha 27 anos. Não sou fã do Nirvana nem do Kurt, mas é inegável a importância que ambos tiveram para a história do rock. O fenômeno grunge do início dos anos 90 foi a última grande revolução do gênero e Cobain, por sua vez, o último grande ícone do rock. Em conversas com amigos surgiu a seguinte indagação: a ausência de grande ícones é um sinal de que o rock não é mais o mesmo, ou, quem sabe, de que o rock morreu ou está morrendo? Sinceramente, não tenho uma resposta definitiva sobre o assunto. Os leitores estão convidados a dar a sua opinião.

quarta-feira, abril 04, 2007

Irmão mais novo


O Pedal de Efeito tem, a partir de hoje, um irmãozinho mais novo. Já está no ar o Alça de Mira, novo blog deste que vos escreve. A idéia é descer a lenha em tudo que estiver incomodando, enchendo o saco, atrapalhando e fazendo com que nossa vida seja pior do que poderia ser. Todos os assuntos podem ser tratados: política, economia, esporte, jornalismo, enfim, tudo o que mereça ser discutido. A todos os novos leitores, sejam bem vindos, suas colaborações, comentários e sugestões serão um dos pilares do Alça de Mira.

Cinzas humanas e cocaína

Essa é muito boa. Nunca tinha ouvido falar em algo tão fora do comum.

Keith Richards: "cheirei as cinzas de meu pai"
Guitarrista dos Rolling Stones diz que não resistiu a misturá-lo com cocaína. Pai do músico morreu em 2002.

Keith Richards é conhecido por ter usado muitas substâncias ilícitas ao longo de sua vida, mas talvez esta seja a número um da lista. Em uma entrevista publicada no semanário inglês “NME”, o guitarrista dos Rolling Stones diz ter cheirado as cinzas de seu pai misturadas com cocaína.

“A coisa mais estranha que eu já tentei cheirar? Meu pai. As cinzas do meu pai”, disse o músico de 63 anos.

“Ele foi cremado e eu não pude resistir a misturá-lo com um pouco de pó (cocaína). Meu pai não se importaria”, disse Richards. “E desceu muito bem. Eu ainda estou vivo.”

O pai do músico, Bert, morreu em 2002, aos 84 anos. Considerado uma lenda viva do rock, Keith Richards disse à revista que sua sobrevivência é resultado de sorte, e aconselhou os músicos jovens a não tentar imitá-lo.

“Fiz assim porque foi o jeito que as coisas aconteceram. Agora as pessoas pensam que isso é um estilo de vida”, disse o guitarrista.

“Não tenho pretensão alguma quanto à imortalidade”, acrescentou. “Sou igual a todo mundo, só que um pouco mais sortudo. Durante 10 anos, fui número 1 na lista dos que estavam prestes a morrer. Fiquei muito desapontado quando saí.”

Fonte: Portal G1

segunda-feira, abril 02, 2007

Músicas dos Beatles vão estar disponíveis para venda na Internet


Está confirmado. Depois de uma reunião nesta segunda-feira entre executivos da EMI e da Apple, foi anunciado que as músicas do Beatles vão finalmente ser disponibilizadas para download no iTunes. Apesar da data ainda não ter sido acertada, a notícia é o primeiro indício de que os álbuns do quarteto devem chegar, de forma legal, à Internet e a sites de venda online.
A especulação em torno da liberação das faixas veio à tona logo depois que a Apple encerrou a batalha pelos direitos da marca com a Apple Corps, responsável por lançar os discos do fab four. Na época, alguns especialistas já arriscavam que o comércio das músicas poderia gerar dividendos de até 1 bilhão de dólares e colocar clássicos de Lennon e McCartney novamente nas paradas de sucessos.
As perspectivas de lucros, no entanto, agora podem ter que ser revistas, já que a EMI vai iniciar com a Apple uma nova parceria que prevê a migração do modelo atual de royalities vigente na web, o gerenciamento de direitos digitais (DRM, na sigla em inglês), para outro mais eficiente
Fonte: IG

Nota do editor: Seguindo o assunto do post anterior, é uma pena que, a partir de agora, toda uma nova geração ouça Beatles somente em mp3. Péssima noticia.

sábado, março 24, 2007

Mp3, Cd ou vinil?

Quando a indústria fonográfica se rendeu aos avanços da tecnologia e substitui o LP em vinil pelo CD muito se falou sobre uma diminuição ou melhora na qualidade do som. Para alguns, a substituição do sistema analógico pelo digital resultou em uma melhora na qualidade do som, outros diziam o contrário. Os dois lados possuem argumentos interessantes e que tem que ser considerados. Os som analógico do vinil, diferentemente do som digital do CD, não corresponde exatamente ao som que foi produzido pelos músicos no estúdio, gravado e, posteriormente, mixado e masterizado. O modo como o som é gravado no vinil, através de pequenas cavidades no disco, e o contato da agulha com o LP faz com que o som proveniente do vinil tenha pequenas nuances que o caracterizam e o diferenciam do som original – é, portanto analógico, de analogia, sendo, assim, muito semelhantes, porém não iguais. Já o som do CD é uma reprodução digital do som original, sendo, dessa forma, igual a ele. Eu, particularmente, gosto mais do som do vinil, mas não nego que o som do CD é tecnicamente melhor. O assunto deste post, entretanto, não é nem o som do CD nem o do vinil, e sim, o som em arquivo digital MP3. Popularizado através dos mp3 players, o som digital em arquivo mp3 é, sem sombra de dúvidas, muito inferior ao som do vinil e ao som do CD. É lógico que praticidade e a facilidade de se ter a sua própria jukebox e poder levá-la para onde quiser, não dependendo assim das rádios FM, faz com que o som em mp3 mereça muitos elogios, entretanto, fica bastante claro para quem tem um bom ouvido e ouve uma boa música, rica em sonoridades e variações, que a conversão de uma música em arquivo mp3 faz com que ela perca qualidade. Um dos problemas que vislumbro com a massificação do mp3 é o surgimento de uma geração que ficará restrita ao que o mp3 pode dar, sem ter acesso aos outros meios. A praticidade de se lançar uma música, um álbum inteiro ou uma banda na Internet faz com que os riscos inerentes à produção artística caiam a um nível muito baixo. É muito fácil lançar uma banda na rede. Se der certo e fazer sucesso, lança-se no mercado, do contrário não. Mp3 é bom e útil mas, na minha opinião não substitui o CD e muito menos o vinil. Ponto.